por Eduardo Sposito
Segunda Parada:
Estação Mandaqui:
Anos 50. O acesso à periferia era feito pelos trens de subúrbio, partindo da Estação Areal, com várias linhas. Tive contato com duas delas: a do Horto/Tremembé/Cantareira que passava pelo Mandaqui, onde morei na década de 50: e a de Jaçanã/Gopouva, imortalizada pelo Adoniran, que passava próximo ao seminário onde estudei de 57 a 66.
Acho que me lembro das estações da Linha da Cantareira: Ponte Pequena(?), Santana, Santa Terezinha, Lauzane(?), Mandaqui, Invernada, Quarta Parada, Horto Florestal, Tremembé, Cantareira.
IMAGENS:
- As camisas furadas pela fagulhas que entravam pela janela da “Maria Fumaça”
- O Picoteador furando os bilhetes e o pessoal que não queria pagar fugindo, se escondendo e pulando do trem quando ele reduzia a velocidade na rua Dr.Cesar para entrar na Estação Santana. Em 55 cursava Admissão em Santana e sempre ia de trem, sozinho, aos dez anos... bons tempos!
- “Esses moleques não têm jeito!” – foi a frase que ouvi de uma senhora sentada à janela do trem que estávamos “chocando”, quando eu quase caí embaixo das rodas.
Tinha havido um descarrilamento a 500 metros da estação do Mandaqui e, para a linha continuar funcionando, o trem saía da estação e parava próximo ao acidente, trocando de passageiros com o trem que vinha da Invernada. Aí a molecada se dependurava nos estribos e curtia a viagem de graça.
- Da linha do Jaçanã me lembro que nós íamos jogar futebol num campo em Gopouva-Guarulhos. O campo ficava num buraco, cercado de um barranco por onde o trem passava dando a volta pelo campo. Me lembro que a gente parava o jogo para ver o trem passar lá em cima, tão bonito era.
- “E além disso, mulher...” Ainda tenho nos ouvidos o apito prolongado da última viagem do “Trem das Onze”: veio apitando a viagem toda. Foi muito triste.
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