quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo!!!


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Feliz Natal e 
Boas Festas para todos!

 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Saudade...


Eu tenho Saudade.....

"Do transporte ferroviário de passageiros, que interligavam as cidades, encurtando distância, levando e trazendo o progresso. 

Aqui em Santos Dumont eram 14 trens descendo e 14 subindo. 
Muitos cruzavam aqui, época em que os maquinistas traziam, gentilmente, bilhetes dos familiares de outras cidades da região, principalmente, do ramal de Mercês, dando noticias, comunicando as novidades. Saudade dos tempos em que o pagamento dos ferroviários chegava no "trem pagador", puxado por locomotivas, que na época eram movidas por carvão mineral  ou óleo diesel, e que nunca foi assaltado, o que não aconteceria nos dias de hoje. 

Saudade do doce de leite Borboleta, que até hoje ninguém conseguiu fazer igual, do queijo do reino Palmira, da manteiga verdadeira e pura. Produtos esses, conhecido em muitos países. Saudades dos famosos circos que por aqui chegavam, dos filmes que eram exibidos nos dois cinemas da cidade".
Jorge de Castro - (1944-2014)
Santos Dumont-MG

Eu tenho saudade...
"Do trem de Ferro, da antiga Leopoldina, que passava por Bicas (minha terra natal), transportando passageiros e escoando a produção de café. Acordava cedo só para ouvir o repique do "sino" da estação, anunciando a chegada, ou a partida, de mais um trem de passageiro"
Edson Maini (Sr Didi)  (19-2007)
Bicas/Juiz de Fora

quarta-feira, 22 de julho de 2015

ABL terá sede própria na Estação Ferroviária de Bauru

19/07/2015 - JC - Cultura

ABL terá sede própria na Estação Ferroviária de Bauru
Assim como outras entidades, Academia Bauruense de Letras será sediada em espaço cultural na antiga e icônica Estação Ferroviária de Bauru

Aline Mendes

 Josmar Paixão, Mariluci Genovez, Orminda Camargo, Ana Maria Machado, 
Maria Cristina Carvalho, 
Joaquim Simões e Orlando Alex Mita

 Josefina Fraga, Mariluci Genovez, Josmar Paixão, Ana Maria Machado, 
Maria Cristina Carvalho e Orminda Camargo após encontro no JC 
para falar sobre mudança de endereço, agora, próprio 

Há tempos a população espera por um destino nobre à antiga estação ferroviária, patrimônio histórico de Bauru. Há uma certeza: o local está destinado a ser um espaço cultural, ainda sem nome, que irá abrigar a sede de movimentos, grupos e entidades. Uma delas é a Academia Bauruense de Letras que, desde a sua criação, há 22 anos, sonha com isso: uma sede própria.

“É um momento histórico para a academia, que terá autonomia para atividades mais permanentes, beneficiando não só seus membros, mas também o município e a área da literatura”, afirma Elson Reis, secretário municipal de Cultura.

O projeto já está tomando forma com a restauração do prédio. “A ocupação da salas da NOB é um resgate da história e da cultura de nossa cidade, enquanto revitaliza o centro comercial e velho de Bauru; desejo de muitos bauruenses”, avalia Mariluci Genovez, membro da academia.

A também acadêmica Ana Maria Barbosa Machado reforça a importância da boa notícia: “não é uma luta individual, mas uma conquista para a cidade. O patrimônio cultural é preservado através das entidades culturais”.

Visibilidade

O fato de ter uma sede fixa poderá contribuir para o trabalho da ABLetras ser visto de forma ampla.

“Os acadêmicos já colocam à disposição seus conhecimentos e capacidades para prestar serviços à comunidade.

Tendo um local próprio a população poderá se relacionar com a academia de forma mais próxima”, prevê o secretário de Cultura.

Membro da ABLetras, Maria Cristina Ehmke Carvalho, deseja que academia e acadêmicos sejam reconhecidos e ganhem a simpatia da população. “Muita gente não sabe que a Academia Bauruense de Letras existe nem o que fazemos, mas não somos um grupo fechado”.

Para Orminda Machado de Camargo, também da ABLetras, a sede deve valorizar ainda a cultura do encontro. “O estudar junto promove a nitidez do entendimento ampliando o conhecimento”. E completa: “é um dos nossos objetivos estimular o estudo da Língua Portuguesa e a produção literária sob diferentes aspectos”.

Em festa

Com mais de 60 membros, entre os 34 efetivos, os honorários, os correspondentes e os agregados, a ABLetras se reúne em uma sala emprestada pelo Sesi.

De acordo com a “Comissão da sede própria”, formada por membros da entidade, a academia terá duas salas grandes integradas e três menores, que já foram pintadas e receberam piso novo; faltam ainda vidros, iluminação e alguns detalhes.

“A sede é um sonho antigo de todos nós. Fui presidente por quatro anos, numa época em que não tínhamos força e recursos para realizar. O que mudou foi a união e a persistência da academia”, pontua Josefina de Campos Fraga.

Da comunidade

A sede da ABLetras deve abrigar a biblioteca, com suas antologias, a produção dos acadêmicos e livros em geral, incluindo um espaço de leitura e pesquisa para visitantes. Haverá também as salas da diretoria, do arquivo administrativo, de cursos e reuniões.

A intenção é ainda utilizar a sede para acolher lançamentos de livros de acadêmicos e demais escritores, concursos e festivais literários, saraus e eventos culturais, das datas comemorativas (como o dia do livro ou do escritor) ao intercâmbio entre as academias paulistas.

Além de valorizar a leitura, reforçar expressões literárias, compartilhar conhecimentos, dar palestras a estudantes e promover a interatividade entre leitores e escritores, a ABLetras acredita que ter sua sede será fundamental para outra de suas missões: apoiar novos escritores.

“Bauru é muito rica em escritores. Muitos estão no anonimato e a academia pode ser uma referência para eles”, comenta Josmar da Paixão.

Fala, secretário

Segundo o secretário municipal de Cultura, Elson Reis, é possível que em setembro todos os grupos que solicitaram o espaço já estejam instalados na antiga estação ferroviária. Além da Academia Bauruense de Letras, haverá a sede de atividades de hip hop, ferromodelismo, preservação da cultura negra e indígena, entre outras entidades e ações.
“Os espaços comuns serão usados para a realização de eventos e atividades culturais. Na hora em que estiver todo mundo lá trabalhando será bem bacana, um grande caldeirão cultural”, destaca.

Ele ainda comenta que o hall de entrada poderá ser oferecido para artesãos e que está prevista uma área de alimentação com produtos diferenciados. “Com o uso, naturalmente, irão surgir demandas como uma praça de alimentação, porque terá grande movimentação de pessoas. Não seria um mercadão como o de São Paulo, mas pontos de venda que não irão interferir no espaço cultural, serão dimensionados dentro dessa realidade”, informa o secretário.

Fala, presidente

Presidente da Academia Bauruense de Letras, Joaquim Simões vê na sede própria a oportunidade para recolher e preservar – num único local – um acervo que está “por aí”. “Todo o material histórico está espalhado”, resume. “Não podemos perder os marcos históricos da academia”, insiste.

A mudança de sala – do Sesi Altos para o primeiro andar da estação – facilitará, em sua avaliação, a disponibilização do material para consulta: desde a primeira ata de reunião no início da década de 1990 até quadros e, claro, livros. Garantir a “segurança” de tudo isso é uma preocupação de Simões – que cumpre mandato até o fim do ano. A partir de 2016, Simões deve se dedicar a outros desafios na área da literatura – fora, portanto, da presidência da AB

terça-feira, 21 de julho de 2015

Relato de uma viagem de trem(EUA)



  
Relato de uma viagem de trem(EUA) - entre primeiro e três de de junho de 2015

por Márcio Polidoro

Voltei prá casa. São e salvo, depois da aventura ferroviária pelo Meio Oeste americano.
As 10 horas de avião entre San Francisco e Lima foram muito mais penosas e desagradáveis que as 57 de trem, entre Chicago e San Francisco.

Durou mais que o esperado porque um problema na ferrovia entre Denver e Salt Lake City levou o trem para um pequeno desvio pelo Wyoming, coisa de 500 km mais. Com isso, passamos por Cheyenne. Pensei que ali encontraria Touro Sentado, o amigo do meu amigo Juvenal. 

Nem ele, nem seus colegas de tribo, nem os inimigos comanches. Aliás, não vimos viva alma na maioria das cidades. O trem para em 35 estações e passa por umas duzentas cidades. Só víamos mesmo quem desembarcava e quem embarcava.

Nas ruas era esse fenômeno americano que me intriga. Não tinha ninguém.  No interior da Bahia, em qualquer quinta-feira à tarde, em qualquer currutela,  os botecos e as calçadas estão cheias de gente. Lá nos USA não. Gente ocupada....

A viagem vale a pena. O trem é confortável e silencioso. Não tem balanço, nem pocotó....A cabine que ocupamos tinha cama de casal e um banheiro com chuveiro decente. O restaurante servia uma boa comida e o bar sempre tinha cerveja gelada e um vinhozinho da Califórnia. 

 Todos os vagões são, como diria Jânio Quadros, dose dupla. Eles chamam de “double decker”. Viajamos no andar de cima, mais caro porque, pelas janelas panorâmicas, oferece “a bird’s – view of the spectacular scenery on the route”. Excluídos os exageros marketistas, nossa visão de passarinho mostrou coisas bem interessantes.

Foram 5300 km e nessa distância toda a paisagem muda muito. De campos agrícolas imensos em Illinois e Iowa ao velho Oeste puro em Nevada. Cruzamos o deserto de Utah, que tem lá sua  beleza, vários parques nacionais e  a Sierra Nevada, ainda com neve, apesar do verão que chega.

O ponto mais alto que o trem cruza tem 2.400 m de altitude.

Ao longo da viagem um roteiro vai contando histórias dos lugares por onde o trem passa.
Em Omaha, Nebraska,  nasceram ou passaram a infância Fred Astaire, Marlon Brando, Nick Nolte e Henry Fonda. Em Offut Air Force Base, ali do lado,  foi onde George Bush se escondeu no 11 de setembro, depois do ataque às Torres Gêmeas. 

Em Fort Morgan, Colorado,  Glen Miller passou a infância e começou a carreira de músico na banda da escola. Em Glenwood Springs, Colorado,  Doc Holliday passou os últimos anos de vida;  em Monmouth, Illinois,  nasceu o Marshall Wyatt Earp,  e em Castle Gate, Utah,  Butch Cassidy roubou 7 mil dólares em ouro da Pleasent Valley Coal Company.

O roteiro também conta que em Soda Springs, já na Califórnia, este mesmo trem, em 1952,  ficou 3 dias bloqueado por uma nevasca com 226 passageiros a bordo.

E que em Donner Lake, também na California, em 1846,   migrantes de Illinois, de um grupo de 87,  também presos pela neve,  recorreram  ao canibalismo para sobreviver. 47 chegaram ao fim da jornada. Recomendo não fazer a viagem no inverno.
Pronto.

Para uma viagem sonhada no escuro das matinês do Cine São João, em Araçatuba, ali pelos anos 60, assistindo bangue-bangues e  seriados do Roy Rogers, ficou de bom tamanho.  Até Ana Laura, minha mulher,  gostou....
Algumas fotos. Da janela do trem: