domingo, 29 de dezembro de 2013

Auto Trem

CPEF - O famoso Auto Trem Paulista, no qual vagões plataformas levavam os caminhões, e os motoristas iam dormindo em carros dormitórios de madeira. Evitavam assim, dirigir a noite, numa época que, embora não tendo o trânsito de hoje, as estradas eram piores, integrando assim todos os modais. Hoje em dia, sem dúvidas, seria uma ótima opção de transporte. Foto: autor desconhecido, informações serão bem vindas.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS!


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Homenagem

Minha homenagem a Isaias Daibem 
que nos deixou hoje antes do combinado, 
como costuma dizer o Rolando Boldrin.  
Bauru perdeu hoje um magnífico ser humano, 
político íntegro(coisa rara nos dias de hoje) 
exferroviário e professor. 
Acima de tudo um grande amigo.


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

5o. Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru e Região.



                                   Desenho de Maringoni

Este ano já foi. Ano que vem tem mais. Na mesma época!

JORNAl DA CIDADE DE BAURU E REGIÃO- 27/09/13

Exposição retrata o ferromodelismo

Evento será aberto neste sábado, das 9h às 17h, na Estação Ferroviária Central de Bauru, com entrada franca   A população poderá voltar um pouco no tempo neste sábado (28) e domingo (29) visitando o quinto Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru e Região.

Além da tradicional exposição de miniaturas de trens, fotos antigas, maquetes e vídeos, a novidade este ano fica por conta da mostra de outros tipos de coleção como de aviões e carros. A equipe Rolê do Fusca exibirá antigos modelos de Fuscas restaurados.

Para um dos membros da Associação de Preservação Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru (APFFB), Marco Antônio Crivellari, o encontro tem várias finalidades.

“É importante para resgatar a memória dos trens e chamar a atenção para as ferrovias, que hoje estão em péssimo estado ou abandonadas. E também para a divulgação do nosso hobby, que é algo prazeroso e importante para nós”, frisou. Ainda segundo Marco, a expectativa é que até 4 mil pessoas prestigiem o evento.

Um passeio gratuito de Maria Fumaça sairá da Estação Central até a antiga Estação da Paulista durante os dois dias, com previsão de um total de 12 viagens.

O Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru é um evento realizado pela Associação de Preservação Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru e prefeitura, com o apoio do Jornal da Cidade, Empório 66, Viva Motos e SVL.

Hora do lanche e compras
 

Na hora que a fome bater, os visitantes podem ficar tranquilos. Dentro da exposição haverá barracas de pastel, espetinhos, cachorro quente, batata frita e refrigerante.

A maioria das barracas será comandada por entidades como a Associação de Apoio a Pessoa com Aids de Bauru (Sapab), Centro Espírita Amor e Caridade e Paróquia de São Brás, que reverterão o dinheiro arrecadado para os trabalhos que realizam. Quem quiser levar alguma lembrança ou começar a coleção terá a disposição lojas com vários modelismos e também com materiais para construção de maquetes.

Serviço

A quinta edição do Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru e Região será realizada neste sábado e domingo, das 9h às 17h, na Estação Ferroviária Central de Bauru, que fica na Praça Machado de Melo. O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone  

domingo, 19 de maio de 2013

Passeio de Maria Fumaça em Tiradentes, Minas Geraes.


A cidade tem totalmente preservada a pequena estação ferroviária, construída em 1881, de onde uma locomotiva a vapor americana, a “Maria Fumaça”, parte com destino a São João del Rei. Um passeio de apenas 13 quilômetros, que leva 35 minutos, mas que encanta a todos. No feriado prolongado de Corpus Christi, a dica é se hospedar em uma das pousadas que fazem parte do grupo Tiradentes Mais e usar o cartão fidelidade “Experimente Ser Mais”. 
Quem se hospedar, comer ou fazer compras nos estabelecimentos do grupo “Tiradentes Mais”, concorre a vários prêmios. 
Durante o feriado, o turista encontra nas pousadas do Grupo pacotes de 29 de maio a 2 de junho com preços a partir de R$ 790,00 o casal, com café da manhã e chá da tarde. O Grupo Tiradentes Mais é formado por cerca de 20 empresários que atuam na cidade mineira nos setores de hotelaria, gastronomia, artesanato e decoração. No site do grupo, o turista encontra várias dicas e informações sobre a cidade, além de sugestões de hospedagem. Para mais informações, acesse o site: www.tiradentesmais.com.br 



sexta-feira, 15 de março de 2013

Saudades dos trens de antigamente...

 
Hoje faz 12 anos que você deixou de correr, deixou de levar alegria a tantos lugares do Estado de São Paulo através das paralelas de aço, você que trouxe desenvolvimento, que promoveu encontros e despedidas não merecia ter um fim melancólico, não merecia ser vitima do descaso mas sim, ser modernizado com novos carros, com um traçado totalmente remodelado visando a segurança e rapidez. 
 
Infelizmente vimos você morrer lentamente em decorrência da má gestão da máquina publica.
 
Hoje você é apenas lembrança na mente de muitos, é apenas uma imagem de uma fotografia ou de um filme e curiosidade de outros, outros estes que talvez nunca ouvirá o apito do chefe autorizando a partida, a buzina da locomotiva anunciando que está partindo ou o anuncio do chefe sobre a próxima estação, jamais sentirão o seu balanço ao som ritmado das rodas batendo na junta dos trilhos ou o vento entrando pela janela.... ( Douglas Ruzon)

domingo, 3 de março de 2013

Triste abandono em Bauru-SP



Bom dia Bauru - 03/03/2013
O triste abandono da história bauruense
Patrimônio ferroviário da cidade se perde dia a dia. Trens e vagões viram sucata sobre os trilhos 

Rodrigo Viudes (rodrigo.viudes@bomdibauru.com.br) 

De olhos atentos e asas bem abertas, três urubus sobrevoaram e acompanharam , atentos, toda a movimentação de alguns intrusos que se atreveram a invadir o farto espaço onde costumam retirar seus restos para sobreviver.

Afinal de contas, o que haveria ali senão uma coleção de carcaças? Não que fossem, necessariamente as que costumam satisfazer o peculiar paladar deste animal, mas também estão ali, como cadáveres a céu aberto.

Os restos ainda preservam as formas externas de locomotivas elétricas e a diesel e dezenas de carros de passageiros e vagões de vários tipos, modelos e épocas do setor ferroviário.

Esse “cemitério” chama-se Triagem Paulista, em plena área urbana de Bauru, vizinho ao Jardim Guadalajara. É por ali que os estranhos – como  os da reportagem do BOM DIA – chegaram para visitar essa macabra necrópole ferroviária, na tarde de sexta-feira (1º).

De portas abertas /A exemplo de todos os cemitérios de Bauru, quem chega ali já encontra os portões abertos, escancarados. Tanto que o descanso das grades revelam que há muito tempo não sabem o que é serem fechados.

  Ao avançar um pouco já se depara com algum sinal de vida ferroviária no lugar – não a do matagal, que infesta tudo. Os trilhos reluzentes denunciam que, sim, por ali ainda trafegam trens em um desvio que se apresenta em uma passagem de nível.

A via, em bitola mista, serve para facilitar a baldeação de combustível em vagões tanque, um pouco mais acima.  Semelhante a isso, apenas outra via, destinada a uma oficina onde a concessionária do trecho, a ALL (América Latina Logística), mantém uma oficina para trilhos. .
De resto, o lugar é um abandono só. E a situação poderia estar até pior  não fosse uma   vigilância permanente, contratada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

Vinculada ao Ministério dos Transportes, a autarquia é a responsável legal por todo o material  rodante (locomotivas, carros e vagões) e os prédios – entre eles, o da antiga estação, ainda com as cores e a logomarca da extinta Ferroban (Ferrovias Bandeirantes S/A [1998-2002]).

 Saques /Os vigilantes hoje tentam evitar o que até pouco tempo era uma prática diária: os saques. Inicialmente, o alvo dos invasores era o cobre dos componentes das locomotivas elétricas, encostadas por ali após a supressão de seus serviços, em 1999.

 Depois, com o acúmulo de  dezenas de carros de passageiros, há poucos anos, o foco passou a ser o alumínio, o inox. As marcas de tiros nos vidros e laterais  revelam os confrontos que costumam acontecer por ali.

Cenas de violência em um ambiente onde se deveria respeitar, pelo menos, os mortos. É como se, por ali, tivesse havido um bombardeiro. Há trilhos, truques, dormentes apodrecidos e, claro, esqueletos do que um dia foram velozes locomotivas ou luxuosos carros.

Cai a tarde e, após quase uma hora de caminhada supervisionada por um vigia, é hora de ir embora e deixar que os urubus voltem a zelar  pelo patrimônio cuja história não se deixa sepultar.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Trens de passageiros em Bauru?


13/01/2013 

Embarques podem voltar para Bauru

É o que pretende a campanha atual de um dos sindicatos ferroviários. Meta é volta de serviço Rodrigo Viudes

rodrigo.viudes@bomdiabauru.com.br

 
A noite do dia 15 de março de 2001 já havia chegado quando uma silenciosa e discreta composição avançou na já abandonada estação de Bauru. Apenas uma locomotiva e dois  carros encostaram na velha gare. Terminava a última viagem de trens de passageiros na cidade e no estado de São Paulo.

Mas, passados quase 12 anos dessa despedida, os trens de passageiros podem, enfim, retornar. Pelo menos é essa a expectativa do Sindpaulista (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias Paulistas).

Nesta semana, a entidade lançou uma campanha pró-reativação com ofícios encaminhados à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).
Mudanças /A proposta da entidade é que os trens possam ser, gradativamente, reativados no estado e até no país a partir de revisões contratuais com as atuais concessionárias que transportam apenas cargas e a cessão de uso das estações ferroviárias às prefeituras.

“Juridicamente, nossa iniciativa é viável. Só falta vontade política e uma mobilização da sociedade para que, de fato, aconteça”, afirma, convicto, ao BOM DIA, o vice-presidente do Sindpaulista, Ariovaldo Bonini Baptista.

A ALL (América Latina Logística), que administra quase toda a malha paulista, inclusive em Bauru, informou ao BOM DIA que não tem know-how para transportar passageiros, além de preferir as cargas, na qual teria um crescimento médio de 10% ao ano.

No caso da estação ferroviária, as dependências do prédio da antiga NOB (Noroeste do Brasil) já pertencem ao município. Foram adquiridos pela prefeitura, em 2010, por R$ 6,3 milhões.

Rumo ao interior /Outra  frente da campanha do sindicato é a articulação política para trazer, o quanto mais possível, os trens suburbanos da capital para o interior.

A motivação atual dos ferroviários é a confirmação do governo estadual da extensão de uma das linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de Jundiaí até Campinas.

 Além disso,  está em andamento o edital para criação de trens regionais através de  PPPs (parcerias público-privadas) com a construção de mais 436 km de trilhos interligando três pontos no estado: Americana, São José dos Campos e Santos.

  “Nossa estação de destino é ampliar a discussão, fazer com que as ferrovias entrem na pauta dos investimentos dos governos estadual e federal e no rol das políticas de desenvolvimento regional e que assumam um lugar de destaque no cenário paulista”, resume o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, o deputado estadual Mauro Bragato (PSDB).

 Presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do setor ferroviário encerrada em 2010, o atual prefeito de Marília (100 km de Bauru), Vinícius Camarinha (PSB), reafirmou ao BOM DIA o retorno dos trens de passageiros como uma das prioridades do setor no estado.

   Cidade  ganhará um trem turísticoEnquanto o novo trem de passageiros não chega, segue na linha a velha composição bauruense tracionada por uma Maria Fumaça em seus passeios dominicais.

Em breve, no entanto, a locomotiva voltará a conviver com uma companhia dos tempos do domínio da tração a vapor, até meados aos anos 1950.

A máquina atualmente exposta no bosque da comunidade, no Altos da Cidade, retornará à ativa para a formação do futuro trem turístico de Bauru.

A reativação integra o projeto de reforma da antiga estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (1970-1971). Orçada em R$ 871 mil, a obra foi liberada pelo Programa Turismo Social do Brasil, do Ministério do Turismo.

A prefeitura de Bauru fará a suplementação da verba necessária para resgatar todas as características originais da estação aberta em 1910 – e com entrada pela rua Rio Branco, no Centro.

Pelo projeto atual, A “nova Paulista” será utilizada não mais como ponto de partida e chegada de um transporte cultural e eventual, como é o caso do atual, oferecido gratuitamente.

Segundo informou o diretor da divisão técnica da Secretaria da Cultura, a ideia é formação de um trem turístico que possa interligar as estações de Bauru e o distrito de Tibiriçá.

“Seriam duas composições. Enquanto uma fosse, a outra voltaria”, diz. Maquinista da Maria Fumaça utilizada atualmente, ele teria que contar com pelo menos mais um operador, já aprovado em concurso municipal.
 Diferente do serviço atual, organizado pela própria Secretaria de Cultura, o futuro trem turístico demandaria a administração por uma empresa, definida por licitação, e com obrigações de manutenção de todo o material rodante disponível.

Concessão atual não exige levar pessoas

Pelos contratos atuais, questionados pelo sindicato, a ALL (América Latina Logística) tem a permissão de transportar apenas cargas e não os passageiros. No que depender da empresa, segundo apurou o BOM DIA, vai continuar do mesmo jeito.

95 Anos foi o tempo que  Bauru foi servida pelos trens de passageiros

De Bauru para o todos os cantos do estadoAté meados da década de 1990, o transporte por trens em Bauru permitia o acesso a todos os trilhos paulistas. Daqui chegava-se a São Paulo, ao litoral e às cidades mais distantes do oeste paulista como Presidente Epitácio e Panorama. Mas as viagens chegavam além, pelo antigo Trem do Pantanal, pelo qual se desembarcava em Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia.

Cronologia22 abril de 1905
A Estrada de Ferro Sorocabana (1919-1971) atinge seus trilhos em Bauru e funda  a 1ª estação local.

27 setembro de 1906
Estação da Noroeste do Brasil (1906-1975) é inaugurada com direito a muita festa.

8 agosto de 1910
É a vez da Companhia Paulista de Estradas de Ferro  (1910-1971), que nascia naquele ano, chegar a Bauru e completar um complexo de ferrovias por aqui.

1 setembro de 1939
A Noroeste inaugura sua nova e maior estação para poder receber melhor os passageiros que já vinham para Bauru de todo o país

Outubro de 1939
Estações da Sorocabana e da Paulista já não recebem os trens de passageiros, que passam a parar apenas na nova estação.

15 junho de 1947
A bitola larga (1,60 metro), enfim, chega a Bauru, pelos trilhos da Paulista. Estação passa a compartilhar fluxo de trens da métrica (1 metro).

Abril de 1976
A eletrificação chega a Bauru pela Fepasa (Ferrovias Paulistas S/A [1972-1999]). Grandes locomotivas (V8 e Russas) passam a levar cargas e passageiros.

13 janeiro de 1993
Última viagem do Trem do Pantanal de Bauru até Campo Grande.

Meses de 1995
Eletrificação começa a ser suprimida. Locomotivas já são abandonadas por aqui.

9 novembro de 1998
Toda a malha paulista passa à administração da Ferroban.

15 março 2001
Chega em Bauru o último trem de passageiros.

28 fevereiro de 2002
É criada a Brasil Ferrovias com unificação de Ferroban, Ferronorte e Novoeste.

Maio de 2006
ALL assume ferrovias, até os dias atuais


Matéria publicada no jornal  BOM DIA BAURU